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Vaticano terá interlocutor único para guerra na Ucrânia

ROMA, 26 MAI (ANSA) – O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, esclareceu nesta sexta-feira (26) que a Santa Sé terá apenas um mediador para as tratativas de paz entre Ucrânia e Rússia e que essa pessoa será o arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Matteo Zuppi.   

“Ele será o interlocutor único dos dois chefes de Estado, o presidente ucraniano [Volodymyr] Zelensky e o russo [Vladimir] Putin”, disse aos jornalistas às margens de um encontro em Roma, ressaltando que há o pedido para encontrar os dois chefes de Estado.   

Segundo Parolin, o foco “continua no que foi anunciado, que será essa missão do cardeal Zuppi” e “estamos felizes em saber que há disponibilidade por parte de Moscou de receber o encarregado do Papa, o que não muda o que sustenta essa missão”.   

A referência aos russos foi por conta de uma manifestação do Ministério da Defesa do país de que via como “positiva” a iniciativa do pontífice para a paz.   

Pouco antes do anúncio do Vaticano da escolha de Zuppi, feita no último dia 20, haviam rumores de que a Igreja indicaria um representante para cada governo envolvido. O outro escolhido seria o prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, Claudio Gugerotti.   

Sobre a fala recente de Zelensky em visita ao líder católico, de que Kiev “não precisa de mediadores”, o número 2 do Vaticano afirmou que o governo ucraniano “não está disposto a uma mediação no mais estreito termo, mas essa missão não tem o objetivo imediato da mediação, mas de criar um clima favorável e ajudar andar em direção a uma solução pacífica”.   

O próprio Francisco também foi questionado, durante uma entrevista da emissora Telemundo, sobre a fala do mandatário e disse que “eles não sonham tanto com a mediação porque o bloco ucraniano é realmente muito forte”.   

“Toda a Europa, os Estados Unidos. Em outras palavras, eles têm uma força própria muito grande. Mas, ele [Zelensky] me pediu um grande favor: fazer e tomar conta dos jovens que foram levados para a Rússia. Ele estava sofrendo muito com isso e pediu colaboração para ajudar a levar as crianças de volta para a Ucrânia”, acrescentou, reforçando o que já havia dito aos jornalistas quando falou pela primeira vez sobre a missão de paz. (ANSA).   

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