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Aliado de Trump é eleito no líder da Câmara dos EUA

Após semanas de impasse no Partido Republicano, deputado Mike Johnson consegue apoio para se tornar o novo líder da Casa. Eleito pela primeira vez em 2015, ele será o presidente da Câmara com menos experiência em décadasO deputado Mike Johnson, aliado do ex-presidente Donald Trump, foi eleito nesta quarta-feira (25/10) como novo líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos ao superar o impasse interno no Partido Republicano que havia provocado caos parlamentar nas últimas semanas.

Johnson, um conservador com pouca experiência em liderança, foi o quarto republicano que se lançou ao cargo em apenas duas semanas, após Steve Scalise, Jim Jordan e Tom Emmer não conseguirem se eleger. Ele vai suceder o também republicano Kevin McCarthy, destituído no último dia 3 devido a uma rebelião de parte dos deputados do seu partido.

"Foram algumas semanas difíceis e um lembrete de que a Câmara é tão complicada e diversificada quanto as pessoas que representamos (…) Como 'speaker' ('orador', como o posto de líder da Câmara é conhecido nos EUA), vou garantir que entregue resultados e inspire mudanças para os americanos", disse ele em sua primeira declaração após ser eleito. Eleito para um cargo público pela primeira vez em 2015, Johnson será o presidente da Câmara com menos experiência em décadas.

Os republicanos têm uma pequena maioria na Câmara – 221 cadeiras, contra 212 dos democratas -, o que exige que tenham o apoio de praticamente todos os seus membros no plenário para aprovar decisões.

Johnson precisava de 215 votos hoje, porque 429 congressistas estavam presentes, e conseguiu 220 em primeira votação, sem qualquer oposição interna. O adversário dele na votação, o líder da minoria democrata, Hakeem Jeffries, obteve 209.

Conservador aliado de Trump

Representante pelo estado da Louisiana, de 51 anos, Johnson é um dos congressistas republicanos que tentaram anular a vitória de Joe Biden na eleição presidencial de 2020, quando Trump ainda estava na Casa Branca.

Em seu site, ele se descreve como um marido "dedicado" e pai de quatro filhos e como advogado "que dedicou sua vida e carreira a lutar pelas liberdades fundamentais e valores tradicionais". Como deputado, ele já defendeu a proibição ao direito ao aborto e se opôs a medidas pró-LGBT e ao uso de maconha para fins medicinais.

De 2015 a janeiro de 2017, ele atuou no legislativo estadual da Louisiana e posteriormente foi eleito para a Câmara federal dos EUA, no qual é vice-presidente da Conferência Republicana, o órgão responsável por eleger a liderança partidária, aprovar designações de comitês e desenvolver estratégias de comunicação.

A candidatura de Johnson foi confirmada na noite de terça-feira, depois que o legislador indicado anteriormente, Tom Emmer, desistiu poucas horas depois, quando percebeu que não teria o apoio necessário em plenário.

Emmer não teve o apoio público de Trump, que o criticou por estar "totalmente fora de contato com os eleitores republicanos" e ser um republicano "apenas nominalmente".

A presidência interina vinha sendo ocupada por Patrick McHenry, nomeado por McCarthy. Porém, sem que houvesse um líder, nenhuma nova resolução ou projeto de lei poderia ser aprovado na Câmara, em um momento em que a aprovação de novas ajudas militares para Ucrânia e Israel ou a negociação do orçamento para o atual ano fiscal estão em constante debate.

jps (EFE, ots)

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