Dorival Júnior sentiu muita falta de ter o meio-campista Pablo Maia em campo enquanto o São Paulo era goleado por 5 a 0 pelo rival Palmeiras, na noite desta quarta-feira, no Allianz Parque, pela 29ª rodada do Brasileirão. A ausência do jogador, suspenso, não foi usada como desculpa pelo treinador, mas foi destacada como um dos motivos da descaracterização do estilo de jogo tricolor que foi vista nesta noite.
“Quando a ausência do Pablo Maia acontece, nós temos algumas dificuldades em relação à característica desse jogador que difere dos demais que nós temos na função. Não são maus jogadores, espero que entendam isso, mas destoam das características que temos com o Pablo e faz com que nosso meio de campo tenha uma regularidade e um equilíbrio muito grande”, disse o técnico.
Em julho, Dorival viu seus jogadores surpreenderem o Palmeiras com um triunfo por 2 a 1 na casa dos rivais, resultado que os colocou na final da Copa do Brasil, torneio do qual acabaram campeões. O cenário desta quarta era favorável ao lado tricolor, até porque os palmeirenses vivem um momento de questionamentos vindos da torcida. No fim das contas, o treinador viu, em suas próprias palavras, uma “atuação brilhante” do lado alviverde.
“O Palmeiras fez uma brilhante partida, desde o primeiro minuto, mereceu. Nossos comportamentos não foram respeitados, mas muito em razão da postura que a equipe do palmeiras teve. Outro dia fizemos um jogo quase perfeito contra o Grêmio, dentro do Morumbi. Hoje foi ao contrário. O Dinamismo do futebol, infelizmente, provoca situações como essa. Depois da expulsão ficou ainda mais difícil. Já não seria fácil. Com a expulsão ficou muito mais complicado”, comentou.
A expulsão citada foi de Rafinha, que recebeu o segundo cartão amarelo após uma entrada por trás em Breno Lopes. Irritado, o lateral saiu de campo reclamando do árbitro Raphael Claus, dizendo “O Claus é palmeirense, é palmeirense”, conforme flagrado pela transmissão televisiva da partida.
Ao comentar sobre o descontrole emocional dos jogadores, Dorival se ateve ao aos impactos disso no desempenho esportivo. “Quando as coisas não acontecem, não dão certo, você às vezes perde o seu equilíbrio. Eu falo o equilíbrio para jogar, não as reações. Não estávamos conseguindo construir nada, trocar passes, nada, como fizemos durante todo o campeonato”.