Na última semana, a Anvisa foi alertada pela Novo Nordisk, responsável pela fabricação do medicamento, que a farmacêutica não reconhece o lote LP6F832, com validade até novembro de 2025, como original, tratando-se assim de falsificação
O primeiro registro de fraude ocorreu em junho. Na época, a agência reportou que foi alertada pela fabricante sobre a identificação de unidades falsificadas no mercado.
Segundo a farmacêutica, unidades do lote MP5C960 apresentavam em suas embalagens uma concentração diferente da original. O idioma (espanhol) também não condizia com o do lote verdadeiro.
O caso foi compartilhado como um alerta às agências sanitárias internacionais e, em agosto, o México reportou falsificações com o mesmo lote.
PACIENTES HOSPITALIZADOS
Em junho, foram encontradas canetas aplicadoras falsificadas nos Estados Unidos e, neste mês, a Agência Europeia do Medicamento emitiu um alerta após ser informada sobre o problema em cadeias de abastecimento legais e ilegais em países como Alemanha e Áustria.
Na Áustria, o gabinete de segurança sanitária atualizou o comunicado emitido no dia 19 para informar que vários pacientes no país tiveram de ser hospitalizados após utilizarem versões falsificadas do medicamento.
"Os graves efeitos colaterais relatados, incluindo hipoglicemia e convulsão, são uma indicação de que o produto falso continha insulina em vez do princípio ativo semaglutida", alertou a autoridade austríaca.
Segundo a Novo Nordisk, os produtos Ozempic dos lotes MP5E511 e NP5G866, envolvidos nos episódios europeus, não foram distribuídos no Brasil.
A farmacêutica afirma que trabalha com empresas especializadas no monitoramento e eliminação da oferta ilegal de produtos e segue denunciando às autoridades todos os casos de falsificação de que tem conhecimento.
CUIDADOS AO COMPRAR MEDICAMENTOS
• Não utilize sites e canais não licenciados pela Anvisa para comercialização de medicamentos;
• Suspeite se a caixa apresentar informações em outro idioma e dados diferentes dos encontrados na embalagem do medicamento;
• Desconfie se o valor for muito diferente daquele presente na lista de preços da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). A relação é divulgada no site da Anvisa e atualizada mensalmente;
• Em caso de suspeita de falsificação, alerte a Anvisa.