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Procura por seguros residenciais está em alta na Bahia

Nos últimos seis meses, a Bradesco Seguros pagou em indenizações na Bahia um volume de recursos da ordem de R$ 110 milhões. “Estamos falando de um volume de prejuízos que a sociedade teria, mas que o ramo de seguros acabou evitando”, destaca Raquel Cerqueira, Superintendente de Produto em Ramos Elementares da Bradesco Seguros. 

“É um mercado apaixonante porque estamos cuidando do patrimônio das pessoas, de coisas que são conquistadas com muito sacrifício”, ressaltou a executiva, durante a participação no programa Política & Economia, apresentado pelo jornalista Donaldson Gomes, no Instagram do CORREIO (@correio24horas).  

No último trimestre, o mercado de seguro residencial cresceu entre 15% e 20% no Bahia. A Bradesco Seguros alterou recentemente a estratégia comercial para o estado e, segundo Raquel Cerqueira, vem colhendo frutos positivos com a decisão. “A gente tem crescido bastante na Bahia, e isto precisa ser comemorado. Mas quando a gente fala do seguro residencial, ainda há uma grande margem para ampliação”, aponta. Segundo ela, nacionalmente 15% das residências possuem a proteção nacionalmente. Aqui na Bahia, a média cai para 5% do total. 

Embora o mercado da empresa na Bahia esteja crescendo de modo acelerado, ainda há um grande espaço para novas ampliações, avalia Raquel Cerqueira. Segundo ela, modalidades como o seguro residencial ou coberturas para empresas ainda estão bastante aquém do potencial de mercado. “A gente fala muito sobre o mercado de automóveis, que tem o risco de roubo ou da perda parcial, mas quando falo sobre a proteção residencial, estou falando de um bem que custa cinco vezes o valor de um veículo”, compara.  

“Estamos falando de uma série de riscos, de roubos, danos elétricos, então é preciso falar um pouco mais sobre isso porque os riscos são até maiores”, acredita. Os chamados ramos elementares no mercado de seguros, explica Raquel Cerqueira, é todo tipo de patrimônio, com exceção dos automóveis. Ou seja, são as proteções residenciais, empresariais, de condomínios e toda a sorte de equipamentos.  

Raquel lembra que o prejuízo de um bem não segurado pode ser muito maior que o valor da perda em si. “Você imagina por exemplo um equipamento agrícola, que precisa estar operacional num determinado momento do ano, como uma safra, e deixa de operar naquela janela de tempo, isso trará um prejuízo econômico”, exemplifica.  

Para ela, o valor que é dado ao seguro do carro se dá muito em função do desenho social do Brasil. “Isso acontece por conta da violência, do aumento nos roubos de veículos, que têm sempre uma grande divulgação e despertam uma preocupação grande, sobretudo nos grandes centros urbanos”, analisa. “A maior preocupação é mesmo em função do roubo”.  

“Por outro lado, não se fala muito sobre perdas que a gente pode ter em casa por problemas com oscilação de energia, existem riscos que são pouco trabalhados”, avalia. Segundo ela, a pandemia acabou “forçando” as pessoas a ficarem mais em suas casas e isso as levou a uma sensibilização em relação à importância da proteção no lar. “A gente percebeu um aumento na contratação do seguro, a mudança nas formas de trabalho, para o home office ou híbrido mexeram bastante com o mercado”, complementa.  

Mudança definitiva
Para ela, a mudança de comportamento por parte do consumidor é definitiva. “Eu acho que esse aumento na preocupação com a casa vem para ficar. A pandemia acelerou transformações que já estavam previstas. As empresas já se preparavam para outras formas de trabalhar, já sabiam que em algum momento iriam alterar isso, o que a pandemia fez foi trazer isso tudo mais rápido”, destaca. “A percepção de importância e de valor vai ficar para sempre”.  

Uma das estratégias para tornar os seguros residenciais mais populares passa pelo esclarecimento em relação aos serviços que são ofertados junto com o produto. “Além das coberturas das mais diversas, de incêndios, vendavais, danos elétricos, roubos e outras, temos serviços de eletricista, encanador e de outros serviços que a gente acaba precisando, mas só percebe na hora”, diz. “Quando a gente contrata emergencialmente, pagamos um valor mais alto por um serviço que poderia ser coberto por um seguro”.  

Segundo ela, o valor do seguro para uma residência costuma custar o equivalente a 1% do valor do imóvel, enquanto uma proteção veicular chega a 5%. “À medida em que as pessoas forem utilizando, elas vão perceber a importância”, acredita.