Brazil
This article was added by the user . TheWorldNews is not responsible for the content of the platform.

Primeiro-ministro da Armênia faz apelo contra limpeza étnica

EREVAN, 28 SET (ANSA) – O primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, pediu nesta quinta-feira (28) apoio internacional e fez um apelo contra o que chama de limpeza étnica dos cidadãos em Nagorno-Karabakh.   

“A análise da situação mostra que nos próximos dias não haverá mais armênios em Nagorno-Karabakh. Este é um ato de limpeza étnica”, declarou o premiê, comentando o êxodo em massa de armênios, segundo a agência Interfax.   

De acordo com fontes oficiais, até o momento, mais de 65 mil pessoas chegaram à Armênia vindos de Nagorno-Karabakh, o equivalente a mais da metade da população da região separatista, onde o Azerbaijão conduziu uma ofensiva relâmpago na semana passada.   

Depois da ofensiva militar e de um cessar-fogo mediado por Moscou, o Azerbaijão está a assumir o controle da região separatista habitada principalmente por armênios.   

O líder do enclave Samvel Chakhramanian emitiu um decreto no qual anuncia a dissolução de “todas as instituições e organizações governamentais em 1º de janeiro de 2024” e afirma que, consequentemente, “a República de Nagorno-Karabakh deixa de existir”.   

A medida ressalta que, uma vez conhecidas as condições para o regresso da região ao controle do Azerbaijão, os habitantes e refugiados – a população armênia – poderão “tomar individualmente a decisão de permanecer ou regressar a Nagorno-Karabakh”.   

Parte da população da região fugiram em poucos dias por medo de serem alvo da repressão, apesar das promessas de Baku de respeitar os seus direitos. Hoje, inclusive, o secretário-geral da Caritas Internacional, Alistair Dutton, disse que “qualquer agressão contra civis é inaceitável”.   

“Aqueles que fogem desta crise devem receber assistência humanitária. A proteção das pessoas deslocadas deve ser garantida e os seus direitos, incluindo os de passagem segura e liberdade de circulação, devem ser plenamente respeitados”, alertou. (ANSA).   

Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias