Brazil
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O curioso caso da ex-BR Distribuidora, por Luís Nassif

A BR Distribuidora foi privatizada em cima de uma mentira. Como declarou uma fonte entrevistada pelo Jornal Nacional:

“A ideia é que ela remaneje esses recursos para investir na produção de petróleo, tanto de pré-sal quanto de outras áreas de exploração, áreas que ela ainda nem comprou, por exemplo, como o excedente da cessão onerosa, que são áreas ainda a serem leiloadas pelo governo, e que a Petrobras deve ter interesse de entrar. Você vai aplicar esse dinheiro num investimento que vai te dar um rendimento ainda maior” Mentira! O dinheiro arrecadado saiu na forma de dividendos para os acionistas da Petrobras.

O que aconteceu de lá para cá? A empresa foi privatizada no dia 30 de junho de 2021 por um grupo liderado pela Cosan. Tornou-se a Vibra S/A. Naquele dia, a ação estava cotada a R$ 26,88. Alguns dias depois, bateu o recorde dos últimos dois anos e foi para R$ 26,68.

Depois, veio ladeira abaixo. As cotações foram caindo e, ontem, 30.05.2023 bateu em R$ 16,05, queda de 45,5%.

Imediatamente saíram boatos de re-estatização da empresa. Dizia-se que esse trabalho estava sendo conduzido por Aloisio Nunes, velho aliado de José Serra. O motivo seria os prejuízos sofridos por Ronaldo César Coelho, velho tesoureiro de antigas campanhas de José Serra.

Será curioso saber o desfecho dessa história. Em fins dos anos 60, o mais liberal dos brasileiro, Roberto Campos, providenciou a estatização da Light, depois que a controladora Brascan passou a acumular prejuízos.

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