ROMA, 29 SET (ANSA) – A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta sexta-feira (29) que vai propor que migrantes resgatados por navios de ONGs no mar sejam levados para os países de origem dessas embarcações.
A declaração foi dada à margem da cúpula do “Med 9”, aliança de países europeus banhados pelo Mediterrâneo, em meio às críticas que a Itália vem fazendo à decisão do governo alemão de financiar três ONGs de salvamento de migrantes.
Na quinta-feira (29) a Itália também freou o acordo para um pacto europeu sobre a migração devido ao atrito.
“Propomos outra emenda, segundo a qual o país responsável pelo acolhimento dos migrantes transportados no navio de uma ONG é o da bandeira do navio”, disse Meloni.
“Somos cooperativos, mas cada um deve assumir a responsabilidade das escolhas políticas que promove. Nós temos uma linha, outros têm outra. O problema é não descarregar a linha de um sobre os interesses do outro”, acrescentou a premiê.
Ela também fez uma reunião trilateral com o líder da França, Emmanuel Macron, e a presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen.
Segundo o líder francês, eles estão buscando um ponto de vista comum sobre a crise migratória.
À ANSA, ele declarou: “O encontro com Giorgia Meloni foi bem, como sempre. Foi eficaz. Pudemos dar passos em frente. Com a Comissão Europeia encontramos uma abordagem em comum que proporemos aos colegas para dar uma resposta comum a esse que é um desafio totalmente europeia”.
“Acredito que a capacidade europeia de prevenir esses fluxos seja a chave”, concluiu. O encontro “Med 9” acontece em Valeta, capital de Malta, e reúne uma aliança de nove países europeus banhados pelo mar Mediterrâneo: Croácia, Chipre, França, Grécia, Itália, Portugal, Eslovênia e Espanha, além de Malta.
O encontro trilateral também teve a presença da presidente do poder Executivo da UE, Ursula von der Leyen.
“Encontrei aqui posições muito dedicidas sobre a questão dos migrantes e das ONGs, inclusive a distinção que se deve fazer entre o trabalho de algumas ONGs e o trabalho de outras. Me parece que há vontade de enfrentar a questão com seriedade, concretude e velocidade”, disse Meloni. (ANSA).