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Lula diz que “agora começou o jogo” e que vai “conversar com o Congresso”

Lula falando em microfone
Lula em evento na Fiesp – Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou as mudanças que o Congresso fez na estrutura dos ministérios, o que resultou no esvaziamento da pasta da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede). Nesta quinta-feira (25), em conversa com empresários na Fiesp, o petista classificou o episódio como a “coisa mais normal”, disse que agora que “começou o jogo” e que seu governo tentará diálogo com os deputados.

“Eu pego o noticiário e a impressão que eu tenho é que o mundo tinha acabado. ‘O Lula foi derrotado pela Congresso’, ‘acaba-se ministério disso, acaba-se o ministério daquilo’. Eu fui ler e o que estava acontecendo era a coisa mais normal. Até então, estávamos mandando a visão de governo que nós queríamos”, pontuou o chefe do governo, de acordo com o jornal O Globo.

Lula seguiu: “A comissão, no Congresso Nacional, resolveu mexer, coisa que é quase que impossível de mexer na estrutura de governo, que o governo que faz. E agora começou o jogo. Vamos jogar, conversar com o Congresso e fazer a governança daquilo que precisamos fazer”.

“Todas as vezes que a sociedade se assusta com a política e começa a culpar a classe política o resultado é infinitamente pior. Por pior que seja a política, é nela e com ela que temos soluções para grandes e pequenos problemas do país”, pregou ele.

Lula falando em microfone, cercado de pessoas na Fiesp
Lula em evento na Fiesp – Foto: Ricardo Stuckert

Ainda no evento que aconteceu na Fiesp, o presidente da República pediu que os empresários fiquem atentos ao início das negociações envolvendo o acordo Mercosul-União Europeia. De acordo com ele, o Brasil irá “demorar um pouco mais” para fechar o acordo porque não vai ceder às compras governamentais.

“Vocês tratem de ficar atentos. Estamos próximos de tentar começar a conversar com a União Europeia sobre o acordo Mercosul-União Europeia. É importante vocês saberem que uma das coisas mais importantes que querem de nós, que a gente ceda, são as compras governamentais”, pontuou.

Lula acrescentou: “E nós não vamos ceder, pois vamos matar a possibilidade de crescimento da pequena e média empresa. [As compras governamentais] são um instrumento de política industrial que nós não vamos abrir mão. Vamos demorar um pouco mais para fazer o acordo, tudo bem”.

O petista ainda disse que muitas pessoas que falam sobre política industrial deixam o agronegócio e a exportação de commodities em um local secundário. Porém, ele afirmou que o país quer que a exportação de matérias primas cresça e isso em nada atrapalha a indústria: “É importante que o Brasil continue exportador de grãos, carne e coisas que produzimos. Isso não atrapalha a indústria. O agro tem que comprar mais máquinas e ter acesso à tecnologia”.

O chefe de governo também voltou a criticar os juros e a alta da Selic, além de defender a ideia de que o Banco do Brasil e a Caixa precisam colocar dinheiro no mercado para a economia girar. “Neste país em que o mercado financeiro tomou conta, o presidente não pode criticar o presidente do Banco Central porque está prejudicando a economia. Senão, como sobrevive o pequeno empresário? Ao pagar juros de 13% ele está comprando o atestado de óbito”, pontuou.

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