Brazil
This article was added by the user . TheWorldNews is not responsible for the content of the platform.

Líderes políticas ibero-americanas defendem ‘poder real’ para as mulheres

As vice-presidentes da Colômbia, Francia Márquez, e do governo espanhol, Yolanda Díaz, a prefeita da Cidade do México e a aspirante à Presidência mexicana, Claudia Sheinbaum, pediram, em uníssono, que as mulheres tenham “poder real” na política.

“Nossa presença em termos de ocupar espaços de poder simbolicamente já significa uma mudança”, disse a vice-presidente colombiana durante o evento Mulheres de América, pelos direitos e o bem-estar, patrocinado pela ONU Mulheres, o jornal espanhol El País e a prefeitura da capital mexicana.

Márquez, que participou por videochamada, disse que “o patriarcado não quer mulheres que lutam para mudar os papéis” e lembrou “os ataques e as agressões racistas e classistas” que ela mesma sofre na Colômbia.

“Temos que liderar as transformações profundas que nossas sociedades requerem”, acrescentou.

Sheinbaum se referiu a um estudo da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) pra ilustrar o atraso de que as mulheres são vítimas.

“Um terço das mulheres na região não têm recursos próprios, a cada 100 homens na pobreza, há 110 mulheres”, disse.

“Não se deve pensar que por ser mulher e estar lá, o problema já foi resolvido. É simbólico. Mas é preciso haver mudanças mais estruturais”, disse Sheinbaum, considerada a “favorita” do presidente esquerdista Andrés Manuel López Obrador para sucedê-lo nas eleições de 2024.

A prefeita lembrou, inclusive, que mulheres lideraram golpes de Estado, como Jeanine Áñez na Bolívia em 2019 (presa em 2021 e condenada a 10 anos de prisão) e Dina Boluarte, presidente do Peru desde dezembro passado.

Os dois golpes foram contra governos de esquerda e que contam com o apoio de López Obrador.

Em outra videochamada, a segunda vice-presidente do governo espanhol e ministra do Trabalho e Economia Social, Yolanda Díaz, defendeu uma união “internacional democrática e trabalhista” que “deve antes de mais nada ser uma internacionalista feminista”.

st/sem/at/dd/mvv

Siga a Istoé no Google News e receba alertas sobre as principais notícias