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Jovens ambientalistas ocupam gabinete de líder republicano no Congresso dos EUA

Dezenas de jovens ativistas ocuparam, nesta quinta-feira (28), o gabinete de um líder republicano no Congresso dos Estados Unidos, para protestar contra a ameaça de paralisia orçamentária do governo, que, segundo denunciam, poderia piorar as consequências da crise climática.

A ação foi liderada pelo Movimento Sunrise, organização que reúne jovens comprometidos com a luta contra o aquecimento global desde 2017. Os ativistas se preocupam com o impacto de uma eventual paralisia no financiamento das ajudas de emergência ligadas às catástrofes climáticas e com o destino das medidas ambientais do grande plano climático (IRA) do presidente americano, Joe Biden.

Cerca de 30 pessoas ocuparam por volta do meio-dia o gabinete do presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, que não estava presente, e ficaram cerca de meia hora no local. Outros ativistas manifestaram-se nos corredores da Casa.

A polícia prendeu 18 ativistas que se negaram a deixar o local, segundo o Movimento Sunrise. A equipe de Kevin McCarthy e a polícia do Capitólio não responderam ao contato feito pela AFP.

“Nossa geração está na linha de frente desta crise”, disse à AFP Ariela Lara, de 17 anos. “Estamos no meio de uma catástrofe climática e de negligência governamental. Isso é o que vemos do Partido Republicano, principalmente de McCarthy”, acrescentou a estudante da Califórnia.

Os membros da Câmara dos Representantes não conseguem chegar a um acordo sobre um projeto de orçamento para financiar o governo federal, e congressistas que apoiam o ex-presidente republicano Donald Trump bloqueiam as negociações.

“No meu estado, Oregon, pessoas morrem por causa da fumaça dos incêndios e do calor extremo durante o verão”, disse Adah Crandall, de 17 anos. “Pessoas morrem por causa dos furacões em todo o país, e dos desastres climáticos em toda parte”.

O Partido Republicano “tem sangue nas mãos”, criticou Adah. Se provocar uma paralisia orçamentária e “deixar de oferecer o apoio de que as pessoas precisam para permanecerem vivas, deveria se envergonhar”.

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