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Jeff Machado: Polícia indicia dois suspeitos e dá detalhes do assassinato

André Vinícius Pereira*

Jeander Vinícius da Silva Braga e Bruno de Souza Rodrigues foram indiciados por homicídio triplamente qualificado - (crédito: Reprodução/TV Globo/Instagram)

Jeander Vinícius da Silva Braga e Bruno de Souza Rodrigues foram indiciados por homicídio triplamente qualificado - (crédito: Reprodução/TV Globo/Instagram)

Dois homens foram indiciados pela morte e ocultação do corpo do ator Jeff Machado, de 44 anos. Em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, Jeander Vinícius da Silva Braga confessou ter ajudado a colocar o cadáver do ator em um baú e transportá-lo até uma casa alugada em Campo Grande, onde o objetivo foi enterrado e concretado. Bruno de Souza Rodrigues, ex-funcionário da Rede Globo, também está preso e os dois responderão por homicídio triplamente qualificado. 

De acordo com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) da PCRJ, Bruno de Souza teria matado Jeff após aplicar um golpe no ator por motivos financeiros. Jeff foi asfixiado com um fio de metal, na própria casa. Bruno teria comprado o fio usado no crime e Jeander Vinícius cavado o buraco onde o baú, com o corpo do ator Jeff Machado, foi concretado.

Na sexta-feira (26/5), Jeander Braga confessou para a polícia a ocultação do cadáver do ator e disse ter sido obrigado por uma terceira pessoa — que ele não informou quem é — a realizar o crime. Jeff Machado estava desaparecido desde janeiro deste ano. 

Desdobramentos do caso

A polícia identificou que Bruno Rodrigues conheceu Jeff no período da pandemia. Na época, ele pediu R$ 20 mil ao ator sob a promessa de um papel em uma novela na Rede Globo. De acordo com relato de Cintia Hilsendeger, amiga do ator, o suspeito teria entrado na vida de Jeff há cerca de quatro anos e dizia ser assistente de produção da Rede Globo. As investigações apontam que as chaves da casa onde Jeff morava estavam com Bruno Rodrigues.

Em 27 de janeiro, após a família notar o desaparecimento do ator, o irmão de Jeff foi à casa da vítima para buscar pistas e foi recebido por Bruno Rodrigues, que acompanhou os familiares da vítima até uma delegacia, onde o boletim de desaparecimento foi registrado.  

Em depoimento à polícia, o Bruno Rodrigues afirmou que tinha as chaves da casa e do carro porque Jeff teria entregado e pedido para que ele ficasse com elas enquanto fazia uma viagem à trabalho em São Paulo.

Jairo Magalhães, advogado da família de Jeff, alega que Bruno estava com os cartões bancários do ator e que continuou fazendo movimentações mesmo após ele ser dado como desaparecido. Segundo o advogado, aproximadamente R$ 5 mil foram retirados da conta do ator.

De acordo com o portal G1, Jeander contou em depoimento que no dia 23 de janeiro foi à casa do ator acompanhado de uma terceira pessoa, em dado momento ele foi tomar banho, e teria ficado fora por 15 minutos. Ao sair do banheiro, teria encontrado Jeff deitado na cama, com um fio no pescoço, já morto. A terceira pessoa teria acusado Jeff de lhe transmitir uma doença.

Nesse momento, Jeander disse ter sido obrigado a participar da ocultação do corpo de Jeff, colocando no baú o corpo do ator e transportando-o para Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

Faturas do ator

A fatura do cartão de crédito de Jeff, entregue à polícia na segunda-feira (29/5), mostra movimentações suspeitas após 23 de janeiro e nos dias que se seguiram. Confira: 

  • 1ª Transação no dia 23/01/2023 de R$ 22;
  • 2ª Transação no dia 25/01/2023 de R$ 680;
  • 3ª Transação no dia 25/01/2023 de 2 parcelas de R$ 750;
  • 4ª Transação no dia 26/01/2023 de 3 parcelas de R$ 1.063,34.

O ator foi encontrado dentro de um baú que estava enterrado e concretado em um terreno de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Bruno de Souza Rodrigues trabalhou na Globo até 2018, quando foi demitido pela empresa. Em nota, a Rede Globo informou que forneceu no último domingo (28/5) detalhes do desligamento à polícia. 

*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori

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