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Itália cogita criar profissão de ‘assistente materna’

ROMA, 27 SET (ANSA) – Por Emanuela De Crescenzo – Acompanhar as novas mães na vida diária será a tarefa das assistentes maternas. Essa é uma nova figura profissional que o governo da premiê Giorgia Meloni pretende instituir na Itália a partir de 2024, com previsão de dotação orçamentária entre 100 e 150 milhões de euros (entre R$ 530 mi e R$ 795 mi).   

A assistente materna irá responder às muitas e pequenas perguntas que para as puérperas podem representar grandes problemas, como por exemplo, como enrolar o recém-nascido, e quais precauções adotar durante o banho ou quando está com soluços ou não para de chorar.   

O relacionamento entre a mãe e a assistente não será apenas confiado apenas ao telefone ou novas tecnologias como o Zoom, mas direto e pessoal: a previsão é de um suporte em domicílio, portanto, não apenas teoria, mas muita prática para ensinar a mãe como interagir da maneira mais correta com seu filho em sua própria casa.   

A filosofia que inspira a medida é a de compensar a rede de apoio feita de avós, tias e irmãs mais velhas que davam conselhos e ajuda prática, que ao longo do tempo se desfez, especialmente nas grandes cidades.   

Mas a intenção é principalmente ajudar as novas mães a não se sentirem sozinhas e inadequadas nos primeiros seis meses de maternidade, os mais difíceis.   

O projeto leva em conta a diferença entre participar de um curso pré-natal ou de amamentação, e depois se ver sozinha na prática de uma série de noções. Contar com uma pessoa pode fazer a diferença.   

A assistente materna também evitaria que as novas mães fossem com muita frequência ao pediatra por problemas não médicos, e poderia identificar e sinalizar possíveis desconfortos da mulher logo após o parto.   

Portanto, não será uma figura de saúde, como obstetras e enfermeiros, e não precisará de uma graduação, mas sim de um curso de formação com duração de seis a nove meses. Essa figura já está presente na França e nos países nórdicos.   

As modalidades operacionais serão em parte estabelecidas com as regiões: por enquanto, a ideia é um serviço a pedido das mães, que terão cerca de 20 horas para os primeiros três meses de gravidez, podendo estender o prazo até os seis meses.   

O objetivo é ter três assistentes maternas a cada 20 mil habitantes, então o número de mães apoiadas variará de acordo com os territórios.   

A associação especializada Pro Vita & Famiglia se manifestou sobre a assistente materna. “Nos parece uma ótima ideia profissionalizar figuras que possam ajudar concretamente os novos pais de primeira viagem com tantos novos desafios e fragilidades em um contexto social cada vez mais desintegrado”, comentou Maria Rachele Ruiu, do conselho diretor.   

“Temos registrado há algum tempo um crescente sentimento de solidão e quase abandono social, especialmente por parte das novas mães, que muitas vezes se manifesta já durante a gravidez e que pode até levar a preferir o aborto ao nascimento do filho”, svtrdvrnyou.   

A Pro Vita também pede “”uma revolução cultural e política profunda que se baseie principalmente em uma conciliação mais efetiva e sistemática entre as necessidades da família e do trabalho”. (ANSA).   

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