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O direito de formar maioria no parlamento para ser o novo premiê da Espanha foi perdido por Alberto Núñez Feijóo. A sua agremiação, o Partido Popular (PP), foi a mais votada nas eleições de 23 de julho, mas Feijóo confirmou não ter apoio majoritário para ser empossado.
O líder do PP conseguiu exatamente os mesmos 172 da primeira votação, na quarta-feira (27), quando precisava da maioria absoluta, insuficientes também na votação que se celebrou 48 horas depois, onde bastaria uma maioria simples. A chance agora muda de lado.
Consumada a derrota final de Feijóo, a presidente do Congresso, a socialista Francina Armengol, deverá reunir-se nesta sexta-feira (29) com o rei Felipe VI para iniciar uma nova ronda de consultas que deverá terminar com a indigitação de Pedro Sánchez para formar governo.
Pedro Sánchez, atual premiê da Espanha e membro do Partido Socialista Operário da Espanha (PSOE), terá agora, acredita-se que a partir de terça-feira (2), dois meses para formar maioria no parlamento e ser reconduzido ao cargo.
A tarefa não será fácil e caso a maioria não seja formada, o parlamento será dissolvido para novas eleições serem convocadas.
Os partidos Esquerda Republicana Catalã (ERC) e Juntos Pela Catalunha (Junts), que detêm 14 votos cruciais a quem busca a maioria no parlamento, anunciaram um novo pacto nesta quinta-feira (28), com o qual aumentaram a pressão sobre Feijóo, o que deve ser mantido sobre Sánchez.
Referendo de independência
Esse novo acordo, inédito no atual processo de formação de maioria, exige a realização de um referendo de independência na Catalunha dentro dos próximos dois anos, com o respaldo do governo espanhol. O tema é extremamente polêmico e corrosivo ao pretendente ao cargo de premiê que o aderir.
Os partidos ERC, à esquerda, e o Junts, à direita, até esta quinta, se restringiram a propor a um acordo para garantir a entrega dos seus 14 votos no parlamento àquela coalizão que se comprometesse com a anistia dos nove políticos catalães.
Os políticos foram presos e exilados por seu envolvimento com o referendo independentista realizado em 2017, considerado ilegal pelo governo espanhol da época. A partir de agora, o novo referendo, desta vez reconhecido pelo governo espanhol, passa a ser a segunda condição para a entrega desses votos.
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