A taxa de desemprego no mercado de trabalho brasileiro chegou a 8,5% no trimestre móvel fechado em abril, a menor taxa para um trimestre fechado em abril desde 2015, quando a variação foi de 8,1%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O percentual também ficou praticamente estável na comparação é feita com o trimestre anterior (de novembro de 2022 a janeiro de 2023), quando a variação foi de 8,4%. Em relação ao mesmo período de 2022, a taxa caiu dois pontos percentuais.
Ao todo, a população desocupada chegou a 9,1 milhões, contra 9 milhões dos três meses imediatamente anteriores – e 19,9% abaixo do visto na comparação anual, o que representa uma redução de 2,3 milhões de pessoas.
Por outro lado, o número de pessoas ocupadas, de 98 milhões, recuou 0,6% (ou menos 605 mil pessoas) na comparação com os resultados do tri terminado em janeiro.
A queda na população ocupada foi puxada pelos resultados nos grupamentos de atividades de serviços domésticos, que registrou retração de 3,3% (ou menos 196 mil pessoas).
Outros segmentos que apresentaram queda foram agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (queda de 2,4% ou 204 mil pessoas) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (diminuição de 1,4% ou 265 mil pessoas).
Mais gente fora do mercado
A população fora da força de trabalho ficou em 67,2 milhões de pessoas, um aumento de 1,3% na comparação trimestral, ou mais 885 mil pessoas. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,5% ou mais 2,3 milhões de pessoas.
De acordo com o IBGE, esse avanço está mais relacionado a questões demográficas do que com reflexos do mercado de trabalho, uma vez que tanto o contingente de desalentados ou da população na força de trabalho potencial caiu no trimestre.
Queda no percentual de informais
Segundo a PNAD Contínua, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado recuou 2,9% em relação ao trimestre terminado em janeiro, ficando em 12,7 milhões. O contingente de trabalhadores domésticos diminuiu 3,2% e chegou a 5,7 milhões de pessoas.
Os contingentes de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (36,8 milhões), de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) e de empregados no setor público (12 milhões) ficaram estáveis em abril.
Rendimento e taxa de informalidade ficam estáveis
A taxa de informalidade foi estimada em 38,9% da população ocupada, o que significava 38 milhões de trabalhadores informais em abril. No trimestre anterior, a taxa era de 39%, enquanto em abril de 2022, de 40,1%.
Ao mesmo tempo, o rendimento real habitual totalizou R$ 2.891, estabilidade frente ao trimestre encerrado em janeiro, mas com crescimento de 7,5% na comparação anual.
A massa de rendimento real habitual, de R$ 278,8 bilhões, também ficou estável na comparação entre trimestres, com crescimento de 9,6% no confronto com abril de 2022.
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