Uma ótima notícia estampa as principais manchetes do dia: a taxa de desemprego caiu para 7.8%, segundo o IBGE, e é a menor desde 2015. Para muito além de fonte de sustento diário, uma ocupação profissional produz resultados psicológicos e emocionais estupendos, trazendo uma série de benefícios à saúde e à qualidade de vida das pessoas.
O “ócio é a morada do demônio”, reza o ditado popular. Traduzindo para o dia a dia dos mortais, baixa autoestima, depressão, mau-humor, irritação e ansiedade são alguns dos efeitos danosos, em curto, médio e longo prazos, a quem não possui um emprego ou atividade regular. O bicho-homem foi feito para trabalhar, socializar, produzir, realizar.
Ainda assim, infelizmente, temos, no País, quase 9 milhões de “desocupados”, ou seja, pessoas em idade e condições de trabalho que não encontram emprego. É um exército maior que a população de muitos países mundo afora, gente que passa dias, meses e até anos à toa, ou em busca de uma ocupação.
Não vou dissertar sobre política ou economia, relacionadas aos dados divulgados. Não vou adentrar à falta de qualificação ou baixa renda. Muito menos se mérito de Lula, Bolsonaro ou sei lá quem. Estou muito mais preocupado em “filosofar” como bêbado em fim de noite, do que bancar o analista de ocasião. Afinal, hoje é sexta-feira, pô.
Estou com 56 anos de idade e jamais, em toda a minha vida, me encontrei tão bem e feliz, profissionalmente falando. Até porque, abençoado que sou, acumulo quatro atividades profissionais diárias, que me dão enorme prazer, caminhando para a quinta muito em breve. O tempo que me resta de vida útil, gasto ocupando a cabeça com coisas produtivas.
Um amigo-mestre-irmão, ontem, em um almoço maravilhoso (viram, como gasto meu tempo muito bem?), me ensinou: “quem tem a cabeça vazia e o tempo sobrando, não encha o saco de quem está trabalhando”. Bingo! Perfeito! Vou além: se está à toa e de mal com a vida, não transborde seu mal-estar, seu rancor, sua ira. Olhe ao redor e encontre um motivo a apaziguar o espírito. Sempre o há. É só procurar direitinho e abrir o coração.