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Crédito rotativo: Campos Neto busca encontrar solução estrutural

“O que tem hoje dizendo é que você tem algum tipo de autorregulação que deve ser encontrada pelo CMN, e que, se isso não for feito em 90 dias, vai para uma solução onde o máximo que poderia pagar em juros é 100% do principal”, afirmou o presidente do BC, aos jornalistas, durante a apresentação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). “Precisamos achar uma solução mais estrutural. Eu não posso dizer aqui qual a solução, pois não depende só do Banco Central, e é uma coisa que está sendo conversada mais amplamente”, disse.

De acordo com o chefe da autoridade monetária, nesses 90 dias, ele pretende fazer uma reunião com representantes de todos os setores, com todos envolvidos, para buscar uma solução estrutural e de longo prazo. “E, melhor, para a gente evitar que esse problema do bolo de crédito rotativo subindo constantemente, com a taxa de juros alta e inadimplência alta, em algum momento, seja um problema que possa afetar as pessoas de forma mais definitiva, e por consequência afetando o consumo também”, afirmou.

O parcelamento dos juros é um tema do CMN, que vai ser discutido, segundo Campos Neto, apesar da forte resistência de vários setores. “A gente precisa todo mundo sentar e discutir e falar: ‘olha, a solução é uma solução onde precisa cada um ceder um pouco'”, afirmou. “Esse debate tem que ser muito mais amplo, junto com o Ministério da Fazenda, e a gente precisa também deixar claro que a gente tem um problema onde o bolo de crédito segue subindo, com uma inadimplência cada vez mais alta, e com uma taxa de juros cada vez mais alta”, afirmou ele, reforçando a necessidade de uma solução estrutural.

Nesta quinta-feira, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado Federal, aprovou o conteúdo da Medida Provisória do programa Desenrola, de negociação de dívidas e impõe limites para os juros do rotativo do cartão de crédito. A proposta segue para análise em plenário e tem que ser aprovada até o dia 3 de outubro para não perder a validade.

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