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Coreia do Norte inclui status de força nuclear na Constituição

SEUL, 28 SET (ANSA) – A Coreia do Norte decidiu alterar sua Constituição para incorporar o status de potência nuclear ao seu território e, em paralelo, seu líder Kim Jong-un ordenou a produção de mais armas atômicas modernas para enfrentar a ameaça dos Estados Unidos.   

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (28), pela agência estatal de notícias norte-coreana KCNA.   

Com a decisão, Kim adotou uma emenda constitucional para incorporar a política de “rápido desenvolvimento de armas nucleares para um nível superior”.   

“A política de fortalecimento de uma força nuclear da RPDC (República Popular Democrática da Coreia) tornou-se permanente como uma lei fundamental do Estado, que ninguém pode violar por nenhum meio”, declarou ele durante uma reunião da Assembleia Popular do Estado realizada na terça (26) e na quarta-feira (27).   

Segundo a KCNA, Kim reforçou a necessidade de desencorajar as “provocações” militares americanas, enfatizando que “não devemos mudar nem admitir a posição atual do nosso país como um Estado com armas nucleares, mas, pelo contrário, continuar a fortalecer ainda mais a nossa força nuclear”.   

Incorporar a política de fortalecimento da capacidade nuclear na lei suprema foi “o passo crucial mais justo e razoável”, acrescentou o líder norte-coreano, referindo-se à importância de acelerar a modernização das armas nucleares do país para “manter o limite máximo da estratégia de dissuasão contra os Estados Unidos”.   

De acordo com ele, a criação de “uma aliança militar trilateral”, envolvendo os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão, levou ao surgimento de uma “versão asiática da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)”, a atual “pior ameaça real”.   

O ditador também criticou Washington por “maximizar as suas ameaças de guerra nuclear” ao Norte, conduzindo exercícios militares em grande escala e implantando os seus recursos nucleares estratégicos perto da Península Coreana em uma base permanente”.   

A alteração constitucional surgiu um ano depois de Pyongyang ter aprovado o uso preventivo de armas nucleares através de uma nova lei aprovada em sessão parlamentar, que definiu o estatuto de país com armas nucleares como um caminho “irreversível”. (ANSA).   

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