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Bate-boca, “rapadura” e deputado de pijama: como foi o primeiro dia da CPMI dos atos golpistas

A relatora da CPMI dos atos golpistas, Eliziane Gama (PSD-MA), e o presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA). Foto: Agência Senado

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos atos golpistas foi instalada nesta quinta (25) e se tornou um reality show para internautas. O colegiado iniciou os trabalhos hoje e definiu o deputado Arthur Maia (União-BA) como presidente e Eliziane Gama (PSD-MA) como relatora, mas já conta com uma série de momentos memoráveis.

Um deles foi a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), da oposição, concordando com Eliziane, aliada do ministro da Justiça, Flávio Dino. Uma das reclamações da sessão foi a constante interrupção que parlamentares mulheres sofriam de colegas. A relatora foi tão interrompida por homens durante os trabalhos que a bolsonarista a defendeu.

“Apesar de eu e Eliziane estarmos em posições contrárias, vamos continuar atentas a manifestações que configurem violência política contra mulher. Ela está na mesa não por ser mulher, mas por ser extremamente competente”, afirmou Damares.

Após as interrupções, a relatora ficou irrita e se comparou a uma “rapadura”. “No Maranhão a gente chama algumas pessoas de rapadura. Posso até ser doce, mas sei ser dura também”, disse Eliziane.

Outro momento memorável da comissão é o “aerolook” de Erika Hilton (PSOL-SP). A deputada também ficou irritada durante os trabalhos após o bolsonarista Abilio Brunini (PL-MT) aparecer de pijama e tentar gerar confusão no colegiado.

“Não há uma veste prevista no regimento da Casa para que senadores e deputados possam se manifestar? O deputado vem vestido da forma, como se fosse um ‘aerolook’ e ainda quer tumultuar os trabalhos da CPMI”, afirmou Erika.

Vai tumultuar e vai mal vestido, Erika Hilton está certa pic.twitter.com/mJtZFzIBum

— jairme 🌽 (@jairmearrependi) May 25, 2023

A escolha da relatora do colegiado gerou uma série de discussões durante a sessão. Parlamentares de oposição alegaram que ela seria parcial por ter proximidade com o presidente Lula e com o ministro da Justiça. A tese usada para gerar tumulto foi rebatida por Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid.

Ele afirmou que diversos parlamentares tem alguma relação com o governo Lula e mandou um recado aos bolsonaristas. “Aqui entre nós tem muitas pessoas que são amigas e até parentes de Bolsonaro e nem por isso nós estamos questionando a presença deles aqui”, afirmou Aziz.

Otto Alencar (PSD-BA) também negou a tese e pediu respeito ao bolsonarista Marcos do Val. “Aqui não é delegacia de polícia não”, afirmou o senador.

É isso ao senador Otto. Marcos do Val tenta tumultuar CPMI dos atos golpistas e leva lapada de Otto Alencar.

Agora é oficial gente. Começou a CPMI dos atos golpistas. pic.twitter.com/yDchM8AjYp

— Esther Theodoro de Carvalho🌱 (@EstherThedoro) May 25, 2023

Outro momento emblemático foi quando Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assumiu que seus eleitores e apoiadores de outros bolsonaristas participaram dos ataques terroristas de 8 de janeiro.

🚨 ATENÇÃO | O deputado Eduardo Bolsonaro ao criticar a fala de um deputado opositor, admite que os vândalos que quebraram tudo no 8 de Janeiro, eram eleitores de parlamentares bolsonaristas. GÊNIO!

Já pode encerrar a CPMI DO GOLPE? pic.twitter.com/2BT2DgyvKR

— Desmentindo Bolsonaro (@desmentindobozo) May 25, 2023

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