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Arthur Lira tem semana agitada com novas revelações e acusação de violência doméstica

A semana vai chegando ao fim, mas os fatos nela desdobrados parecem fazer destes dias apenas o início de uma tempestade para o presidente da Câmara Federal, o deputado Arthur Lira (PP/AL). 

Os agentes da Polícia Federal montam um quebra-cabeça e a cada peça, vai se formando uma imagem com diversos escândalos de corrupção, praticados durante o governo Bolsonaro, tendo a digital de Lira na cena do crime. 

Nos bastidores, há descontentamento com o governo federal, numa suposta ação de retaliação. Lira tem criado problemas para Lula na Câmara em sua escalada por mais cargos e controle do orçamento público. 

Com a Polícia Federal voltando a ter autonomia no atual governo, era de se esperar o surgimento de malfeitos dos últimos quatros, que correram soltos na relação entre o Legislativo e o Executivo intermediada pelo orçamento secreto. 

Fato inegável é que, esta semana, a imagem de Arthur Lira começou a derreter com cada vez mais pessoas do seu entorno envolvendo-o em escândalos de corrupção e nepotismo, além de denúncias da ex-esposa do deputado. 

Denúncia de violência contra a mulher

Em uma entrevista exclusiva concedida na noite de terça-feira, 6, ao ICL Notícias, de Alagoas, Jullyene Lins, ex-esposa de Arthur Lira, trouxe à tona graves acusações contra o político. 

Segundo ela afirmou aos jornalistas do ICL, foi vítima de agressões físicas e teme que, a qualquer momento, possa sofrer um “assalto” ou um “acidente”. A mulher vem sendo coagida a dizer que as agressões nunca ocorreram.  

Jullyene alega sofrer tortura psicológica ao dizer que Lira conta para ela como fará para matá-la. “Eu não fico mais em Maceió porque eu tenho medo”, diz. Durante a entrevista, um advogado a acompanhou. 

Kits de robótica 

Duas empresas do casal apontado como entregador de dinheiro supostamente desviado no caso dos kits de robótica pagaram um apartamento para Luciano Cavalcante, o principal auxiliar do presidente da Câmara, Arthur Lira. 

No início do mês, Luciano foi alvo da operação Hefesto, que apura indícios de irregularidades em contratos para kit de robótica bancados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A empresa que forneceu os equipamentos, a Megalic, pertencia a um aliado do presidente da Câmara. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, cada kit robótica custou R$ 14 mil aos cofres públicos, mas foram adquiridos pela Megalic a R$ 2,7 mil.

Orçamento secreto

Acontece que Lira indicou 32,9 milhões de reais do orçamento secreto para a compra de kits robótica em cidades de Alagoas investigadas por desviar recursos do FNDE.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e reveladas nesta terça-feira (6) pelo jornal. O governo Bolsonaro liberou 29,7 milhões de reais do total.

Segundo o jornal, 17 milhões de reais, até o momento, foram pagos para municípios indicados pelo presidente da Câmara. Para Canapi (AL), por exemplo, 5,8 milhões de reais foram solicitados pelo presidente da Câmara. 

Em União dos Palmares, também em Alagoas, Lira indicou, segundo a matéria, 9,2 milhões, dos quais 7,4 milhões já foram efetivamente liberados. 

Indicação para estatal 

O presidente da Câmara também empregou em uma estatal parentes de Luciano Cavalcante, assessor da liderança do PP na Casa que foi demitido após operação da Polícia Federal. 

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo. Cavalcante, como se sabe, é investigado pelo suposto esquema de desvio de dinheiro público para a compra de kits robótica para as escolas em Alagoas da base eleitoral de Lira.

Os parentes de Cavalcante foram empregados por Lira na CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos). Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante, esposa do investigado, é gerente regional de Planejamento e Engenharia do órgão, com salário de R$ 13.313. 

Carlos Jorge Ferreira Cavalcante, superintendente da estatal e irmão de Cavalcante, recebe salário de R$ 19.487.

O Estadão revela que uma das primas do presidente da Câmara, Orleanes Lira, integra o quadro de comissionados da CBTU. Orleanes, gerente da companhia, tem um salário de R$ 13.313.

Um respiro para Lira

Na terça-feira (6), por unanimidade, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pelo arquivamento de uma denúncia de corrupção passiva contra Lira, que afirmou ter sido feita justiça. 

O parlamentar foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2018 por supostamente receber R$ 106 mil em vantagens indevidas como deputado federal. Em 2019, a 1ª Turma do STF aceitou parcialmente a denúncia, mantendo somente a de corrupção. 

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