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Arquidiocese de Salvador diz que se esforça para resolver situação entre padre e Irmandade

A Arquidiocese de Salvador informou na tarde desta segunda-feira (29) que se esforça para "esclarecer" e a "superar das dificuldades" envolvendo os últimos acontecimentos entre o padre Edson de Menezes, 65 anos, pároco da Basílica do Senhor do Bonfim, e a Devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim, entidade que administra o templo. A Irmandade do Bonfim também já se pronunciou, negou 'perseguição' e explicou CLT do padre Edson.

"A Arquidiocese de São Salvador da Bahia comunica que continua a envidar os esforços para o esclarecimento e a superação das dificuldades que têm sido levantadas, em vista do bem dos fiéis e da missão evangelizadora da Basílica Santuário, promovendo o diálogo respeitoso e fraterno, no cumprimento do que estabelece a legislação civil e canônica, iluminado sempre pela fé no Senhor Bom Jesus do Bonfim", diz trecho da nota enviada ao CORREIO.

No domingo (28), o CORREIO publicou que, há cinco meses, o padre Edson Menezes, da Basílica do Senhor do Bonfim, diz sofrer "perseguição" do novo juiz da Irmandade. Na última semana, a disputa que envolve o religioso e parte da Irmandade se tornou pública e motivou reações de ambos os lados: manifestação em defesa do padre e agendamento de reunião extraordinária. 

A situação começou em janeiro deste ano, quando o novo juiz da Irmandade do Senhor do Bonfim Jorge Nunes Contreiras tomou posse, dizem fiéis que frequentam a Basílica, mas piorou ao longo dos meses. Sob a condição de não ter o nome exposto pela reportagem, um integrante da Irmandade disse que uma parte minoritária, mas poderosa, do grupo "não respeita o padre". 

Edson é reitor da Basílica do Senhor do Bonfim há 16 anos. Segundo ele, o novo juiz da Irmandade que administra a Igreja é "um tirano", com atitude "de confronto, rivalidade e competição comigo". 

Irmandade nega


Em nota enviada ao CORREIO, a Irmandade negou as acusações feitas pelo religioso, segundo as quais, a nova gestão da Irmandade estaria alimentando um clima de "perseguição" e "competição". Conforme o documento, as mudanças administrativas sugeridas recentemente, que incluem a decisão pela assinatura da Carteira de Trabalho do padre e limitação deste quanto ao recebimento das arrecadações financeiras das missas de sextas-feiras e das caixas laterais da igreja, são adequações para a garantia do "cumprimento das disposições estatutárias e do Regimento Interno da Irmandade". 

"Desta maneira, para não permanecer espancando os Estatutos, é que o padre, na condição de empregado da Devoção, não poderá continuar a receber as coletas de todas as sextas-feiras, e metade da arrecadação dos dois cofres laterais da Igreja, já que esse fato vinha sendo praticado indevidamente, com a permissão das administrações anteriores em manifesto desrespeito ao Estatuto, chegando a auferir aproximados R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) mensais, sem a devida prestação de contas.", diz o texto.