Cape Verde
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São João/Porto Novo: Noê, Raul e Arminda ajudam a manter viva a tradição

Responsáveis por manter viva a tradição de São João, são várias as figuras que se destacam na romaria do Porto Novo. Os artesãos Noé Cruz e Raul Lopes e a confeiteira de “rosários” Arminda Lima são algumas dessas figuras que ainda contribuem para o rufar dos tambores e o navegar do navio na “maior romaria” do país.

Noé Cruz, 58 anos, é natural da Ribeira das Patas e um exímio produtor de tambor tradicional. Os tambores de São João produzidos por ele já são “muito conhecidos” em Cabo Verde, designadamente nas ilhas de Santo Antão, São Vicente, Sal e Boa Vista e têm sido exportados para os Estados Unidos e Luxemburgo.

Começou a produzir tambor de forma profissional em 2013 e desde então já perdeu as contas da quantidade deste instrumento típico que já construiu. Actualmente ostenta o selo de origem, que distingue o artesanato, produtos transformados e serviços genuínos da ilha de Santo Antão.

Nos meses de Maio e Junho a produção deste item é reforçada para corresponder a demanda e contribuir para que os tambores continuem a rufar, mantendo a tradição cada vez mais viva.

Arte dos navios

Já Raul Lopes, além de tambor, também constrói navio tradicional de São João. O artesão de 54 anos, também natural da Ribeira das Patas, constrói este item há 15 anos. Mas também ensina outras pessoas a confeccionar artefactos de São João, numa estratégia de passar conhecimento de geração em geração.

Tanto Raul como Noé reconhecem a importância do artesanato e do agora Laboratório Experimental de Arte e Design do Porto Novo em manter a tradição de São João firme e dinâmica.

Os tradicionais rosários 

Na produção dos rosários de São João, outro item indispensável na festa, dona Arminda Lima, de 81 anos, se destaca. Desde os 12 anos de idade tem confeccionado o rosário em Porto Novo.

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