O músico Marcus Veiga, de nome artístico Scúru Fitchádu, está a promovover o seu“Tour Africa”, passando por três dos maiores festivais do continente. Scurú Fitchádu atuará na África do Sul este sábado, dia 20, depois vai para o Eswatini no dia 26 e termina o tour no dia 3 de junho nas Ilhas Reunião.
Segundo nota de imprensa, o tour inicia já este sábado, dia 20, Scúru Fitchádu atuará no Bassline Fest em Joanesburgo, um dos maiores festivais da África do Sul, no dia 26 irá “subir” a Eswatini para marcar presença no clássico MTN Bushfire e já a 3 de Junho estará em palco do grande Safiko nas Ilhas Reunião.
Segundo a mesma fonte, é uma tour “há muito tempo aguardada, onde grande parte dos samples presentes no mais recente álbum serão levados às suas origens”.
Ao que o músico chamou de uma tour especial.
Após o fim da Tour Africa, o artista ainda tem espetáculos agendados na europa que começam em junho e vão até setembro.
Perfil de Scúru Fitchádu
Scúru Fitchádu é filho de mãe angolana e de pai cabo-verdiano. Do concelho do Bombarral, em Portugal, onde cresceu, teve as referências do metal, do punk e do grunge. Em Almada, para onde se mudou aos 16 anos, acabou por incorporar o hip-hop, também.
O ano passado participou inclusive no AME.
Recentemente Fitchádu apresentou uma versão limitada, em vinil, do seu álbum “Nez Txada Skúru dentu skina na braku fundu” lançado em janeiro passado.
O álbum sucessor de “Un Kuza runhu” (Uma coisa ruim) de 2020, é composto por 11 temas, conta com as participações de Cachupa Psicadélica, Henrique Silva (Acácia Maior), O GAJO e tem o artwork assinado pelo artista visual mindelense Alan Alan.
“Nez txada skúru dentu skina na braku fundu” (Nesta achada escura na esquina num buraco fundo) é um trabalho conceptual, assegura o artista.
O seu trabalho assenta em toda uma base de “inspiração nas dinâmicas sociais do espectro urbano, estabelecendo um paralelismo direto entre as conjunturas do ambiente contemporâneo e os fracturantes movimentos revolucionários panafricanistas”.
Este disco é pontuado por sonoridades experimentais, batidas pujantes, baixos distorcidos e samples que contam histórias sempre sob “uma omnipresente tutela afro”.
Tiago Ribeiro – Estagiário