A Alemanha encontrou um jeito de tentar enquadrar Roger Waters, militante das causas de esquerda e pela libertação de Julian Assange.
“As roupas usadas no palco podem ser utilizadas para glorificar ou justificar o regime nazista, perturbando a ordem pública”, disse à AFP o porta-voz da polícia de Berlim, Martin Halweg, ao anunciar a apuração nesta sexta-feira (26).
“As roupas lembram o uniforme de um oficial da SS”, acrescentou Halweg.
Sim, essa é a idéia.
Sionistas que querem a cabeça de Waters por sua defesa da Palestina estão denunciando o artista. Imagens divulgadas nas redes sociais da organização Stop Antisemitism mostram-no com um casaco preto e braçadeiras vermelhas, segurando um fuzil.
Wow, this is @rogerwaters imitating a Nazi, while at a concert in … Berlin. This is just unhinged Jew hatred and Holocaust distortion. The man is vile beyond words. pic.twitter.com/zn1EvudSXc
— Arsen Ostrovsky (@Ostrov_A) May 25, 2023
É de uma desonestidade abissal.
Como no filme “The Wall”, Roger interpreta no espetáculo um ex-astro de rock que tem uma overdose e enlouque. Numa alucinação, ele aparece como ditador um comício fascista (sim, há um elemento fascista nos show de rock).
Na fita de 1982, Bob Geldof, com as sobrancelhas raspadas, interpreta o protagonista, cantando a bonita “In The Flesh” para a turna ensandecida.