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Roberto Jefferson confessa ter atirado 50 vezes contra agentes da PF e que intenção era “resistir à ordem de prisão”

Roberto Jefferson durante depoimento em Três Rios (RJ). Foto: Weylla Gonçalves

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) afirmou nesta sexta-feira (26) que atirou cerca de 50 vezes contra os quatro policiais federais que foram cumprir uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em outubro do ano passado. Com informações do g1.

Durante depoimento na Justiça Federal de Três Rios, no Rio de Janeiro, Jefferson negou que tenha tido a intenção de matar os agentes e que só pretendia “resistir à ordem de prisão”. Segundo o ex-parlamentar, ele mirou apenas na viatura da Polícia Federal (PF).

“Eles não tinham colete [à prova de balas], por isso eu tive cuidado. Mirei todos os tiros na viatura”, disse. “Aí eles correram, se abrigaram. E eu só lancei [a granada] depois. Depois eu disparei no para-brisa, na capota, no giroflex. Dei uns 45, 50 tiros”, relatou.

Jefferson alegou que estava em seu quarto quando viu os policiais chegarem pela câmera de segurança: “Peguei a carabina que fica do lado da minha cama e a bolsa com os três artefatos. Fui pra varanda. Eles disseram que foram me prender e fazer busca na minha casa”.

“Eu disse que não ia, que estava sendo perseguido pelo Alexandre de Moraes, e falei pra eles [policiais] saírem de lá. Um policial pulou o portão”, afirmou o ex-parlamentar, acrescentando que mostrou a granada de luz para os agentes ameaçando arremessá-la.

Carro da Polícia Federal atingido por tiros disparados por Roberto Jefferson. Foto: Hermes de Paula

O bolsonarista destacou ainda que riu quando uma policial fugiu após o lançamento da primeira granada. “Eles se abrigaram. A última a correr foi a menina. Eu até ri. Ela é igual a minha neta. Cabelinho preso”, disse.

A agente atingida teve o ferimento mais grave da equipe atacada, ela foi ferida na perna por um estilhaço do projétil disparado pelo ex-deputado.

O ex-presidente do PTB declarou que as granadas de luz e som foram adquiridas após o escândalo do mensalão, em razão de ameaças que alegou ter sofrido. Jefferson disse ainda que colocou pregos em um dos explosivos para se defender.

“Depois que eu tive o mandato de deputado federal cassado no escândalo do mensalão, passei a ser muito hostilizado nas ruas, nos aeroportos. Decidi comprar as granadas de luz e som para usar em caso de necessidade”, afirmou.

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