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Pregador da Igreja Batista da Lagoinha é preso, suspeito de abuso contra menores

Um pregador evangélico foi preso pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP), suspeito de abusar sexualmente de crianças e adolescentes da Igreja Batista da Lagoinha, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A detenção ocorreu na noite de quarta-feira (7).

A Igreja Batista da Lagoinha nasceu em Belo Horizonte há mais de seis décadas, tem mais de 700 unidades no Brasil e no exterior e tem como pastor presidente André Valadão, que no último domingo, durante pregação no culto, em Orlando (EUA), condenou o Mês do Orgulho LGBTIAP+, celebrado em junho, e recebeu duras críticas na internet.

De acordo com as investigações do 5º Departamento de Polícia de Guarulhos,  o pregador Joilson da Silva de Freitas Santos, 39, pertencia à mesma igreja e liderava um grupo de crianças e adolescentes havia cerca de 12 anos, para os quais ministrava "lições" e estudos bíblicos. Para isso, segundo levantamento da PCSP, o homem forçava as vítimas a pesquisarem na internet vídeos e fotos de pornografia.

“Depois, ele os chantageava para não divulgar as pesquisas para os pais e fiéis da igreja, mantendo assim relações sexuais no interior de um escritório que mantinha em seu apartamento”, diz trecho de relatório policial, assinado pelo delegado Fulvio Mecca, titular do 5º DP, noticiado pelo site Metrópoles e pela TV Globo.

A policia investigava o pregador desde que um jovem de 16 anos saiu do apartamento do suspeito e foi até a portaria pedir ajuda, contando que havia sido estuprado. Após essa denúncia, policiais do 5º DP deram início a uma investigação, que identificou outras supostas vítimas do religioso, de 13 e 17 anos.

As primeiras apurações da polícia indicam que os crimes poderiam estar sendo cometidos desde 2016. O pregador religioso foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária, expedido pela Justiça a pedido da polícia.

No apartamento de Joilson Freitas foi cumprido um mandado de busca e apreensão, que confiscou memórias de computador, celulares, um tablet, um notebook e um colchão, onde os estupros seriam praticados.

O TEMPO tentou contato telefônico com a Igreja Batista da Lagoinha Guarulhos, pelo número disponível no site oficial da entidade religiosa, sem sucesso. Enviou e-mails para os coordenadores indicados, para saber se a igreja queria se posicionar sobre o caso. Se houver pronunciamento, esta matéria será atualizada.