

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) abriu uma sociedade no estado do Texas, nos Estados Unidos, com outros brasileiros envolvidos em denúncias de disseminação de fake news no Brasil e que incentivaram os atos terroristas que depredaram Brasília em 8 de janeiro.
Como revelou a reportagem do UOL, Paulo Generoso e o “03” formalizaram a abertura da Braz Global Holding LLC em 18 de março deste ano. A empresa, no entanto, não tem registro de quais atividades desenvolve.
Questionado pela reportagem no Congresso, no último dia 24, o filho de Jair Bolsonaro (PL) se esquivou. “Por que vocês estão me investigando? Não tem nada demais. Explicar o quê? Estou devendo alguma coisa?”, reclamou Eduardo, ameaçando falar com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se fosse chamado.

Paulo Generoso
Um dos criadores do Movimento República de Curitiba, movimento que apoia a Operação Lava Jato, Paulo Generoso é expert em disseminar informações falsas. Com 1,2 milhão de seguidores, sua página espalhou fake news sobre urnas eletrônicas, sobre a pandemia de Covid-19 e chegou até a convocar carreatas para furar o isolamento social.
Sua página no Facebook também incentivou os atos terroristas em Brasília. Já a conta no Twitter está suspensa desde janeiro, por decisão judicial.
Além da Braz Global Holding, Generoso também responde por outras duas empresas criadas no exterior: a Liber Group Brasil e o Instituto Liberdade, sem fins lucrativos. Ambas também não especificam a área de atividade. Porém, contam com outros dois bolsonaristas já bastante conhecidos na sociedade: André Porciúncula e Raquel Brugnera.
Os demais sócios
Raquel Brugnera também é criadora do Movimento República de Curitiba, seguidora de Olavo de Carvalho, foi chefe de gabinete da Secretaria de Economia Criativa e assessora técnica da Fundação Palmares, durante o governo de Bolsonaro. Apesar de não constar no quadro societário, é diretora da Braz Global Holding.
Ex-capitão da Polícia Militar da Bahia, André Porciúncula foi o número dois da Secretaria de Cultura entre 2020 e 2022, cargo que deixou para se candidatar a deputado federal pelo próprio estado. Sem êxito, foi nomeado secretário adjunto da Secretaria de Cultura e, em 6 de dezembro, assumiu a pasta a menos de um mês do fim do governo.
LEIA TAMBÉM:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.